terça-feira, 5 de abril de 2011

Por favor, alguém me jogue um copo de água fria, ou me dê uma taça de vinho envenenado. Eu preciso despertar, ou adormecer de uma vez.
Nada vai acabar tão facilmente, e essa coisa de tentar ser sempre forte está
acabando comigo. Essa coisa de tentar ser sempre forte está deixando a minha
alma cada vez mais entorpecida.
Toda essa sinceridade, todo esse amor, toda essa raiva, toda essa tristeza, toda essa
euforia...Tudo isso só consegue fazer com que eu sinta meus olhos e meus
ombros cada vez mais pesados. A música não é um remédio, a poesia não é um remédio,
a ciência não é um remédio, o trabalho não é um remédio. Expressar as coisas
obscuras daqui não é possível, nunca vai ser. Isso não existe, me leve daqui
por favor. Eu nunca vou conseguir entender, nunca, nunca, nunca. A mente é tão
traiçoeira, que olhar para a estante do seu quarto pode te deixar louco, e sair
para caminhar pode te matar. A mente é tão traiçoeira que você pode fazer
coisas que você não entende nem consegue explicar. Se a paz e a tranquilidade estão
dentro de mim, por favor, faça um corte em meu peito, tire-as, embale-as com
papel e me dê de presente. Mas que ironia, só eu posso achá-las dentro de mim! Pena
que não consigo nem me levantar da cama...
Isso não é cansaço, nem dor, porque para o cansaço basta descansar e você está curado. Para a dor basta medicá-la e você está curado. Não, não é possível. A vida serve pra que
mesmo? Ah, para sermos felizes. Para sentirmos alegrias, tristezas, compaixão,
raiva, para ajudarmos quem amamos. Mas como conseguimos amar alguém? E será que
alguém ajuda alguém? Não... A verdade é uma mentira. Mas em algum lugar há uma
verdade. Por favor, me leve para lá! Não preciso me despedir de ninguém, não
preciso ver ninguém, não preciso levar ninguém, só preciso achar um lugar. Ou
uma pessoa. Ou algo que não existe. Tenho que achar sozinha, mas não consigo.
Por favor, peça para eles me deixarem em paz, peça para ninguém falar comigo e não me fazer perguntas.
Por favor, afague meus cabelos, me dê um abraço sincero. Você é capaz? Esse
vento frio vai me congelar. Eu estou tonta. Eu escolho o fim, não sei de quê.
Eu quero voltar, eu não consigo pensar, eu vou dormir. Até depois. Seja feliz e
só venha ao meu encontro se quiser. Isso vai passar? Vai. Agora.

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